Usando o nosso simulador de investimentos, estamos acompanhando desde o começo do ano o desempenho de uma carteira com cinco ações preferidas dos grandes investidores, segundo o nosso Big Data (base janeiro) - Petrobras (PETR4), Via Varejo (VVAR3), Vale (VALE3), ETF iShares Small Cap Fund (SMAL11) e Itaúsa (ITSA4).
Esse portfólio, com início no último dia útil de 2019, apresentou retorno positivo até o dia 19 de fevereiro deste ano, acumulando 8,10%. Depois, chegou ao fim do mês passado, no dia 28, com uma queda de 5,83%. Essa mudança de direção aconteceu devido ao aumento da preocupação com o coronavírus (COVID-19), que teve como epicentro a China e passou a se espalhar de forma acelerada por diversos outros países. Aqui no Brasil, o primeiro caso do novo vírus foi confirmado no dia 26 de fevereiro.A turbulência no mercado financeiro global ganhou mais força no início de março, pois além de se revelar um enorme problema humanitário, o coronavírus também passou a afetar drasticamente a economia real e seus impactos futuros continuam difíceis de dimensionar.
Ainda no dia 6, um outro fator gerou mais tensão: o embate entre a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e a Rússia, que levou ao aumento da oferta do petróleo e à uma queda drástica do preço da commodity.
Aqui no Brasil, diante de tantas incertezas, a volatilidade da Bolsa se intensificou. O circuit breaker, dispositivo que suspende o pregão temporariamente como uma proteção contra oscilações intensas em momentos de pânico, foi acionado quatro vezes até o dia 13.
Portfólio: Petrobras (PETR4), Via Varejo (VVAR3), Vale (VALE3), ETF iShares Small Cap Fund (SMAL11) e Itaúsa (ITSA4)
Logo no dia 2, a Bolsa fechou em alta de 2,36%. Naquele momento, havia expectativa em torno da teleconferência dos ministros da Economia do G7 (França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Canadá e Japão) para adoção de medidas para limitar os efeitos do novo vírus e estimular as atividades econômicas.
Na carteira que acompanhamos com o nosso simulador, a maior perda até esse momento foi da Vale (-13,02) e somente a Via Varejo, apesar das baixas, estava no campo positivo. Já o SMAL11, ETF baseado no Índice Small Cap, um conjunto de empresas que têm baixa capitalização, recuou 4,72% neste período.
No acumulado até o dia 2, o Ibovespa caiu 7,80% contra uma retração mais amena da carteira, de 2,04%. Até esse momento, o portfólio diversificado estava passando bem pela crise.
Dias depois, o preço do barril do petróleo passou a cair e a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o coronavírus como uma pandemia. No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e diversos países da Europa procuraram acalmar os ânimos, adotando algumas medidas emergenciais para combater o coronavírus e estimular a economia, porém o nervosismo no mercado persistiu.
Do início do ano até o dia 13 de março, o retorno acumulado da carteira de investimentos foi de -26,91%, próximo do tombo do Ibovespa (-28,51%).
A maior contribuição para a perda de rentabilidade do portfólio foi a Petrobras, que acumulou uma desvalorização de 48,97% por causa do conflito em torno do preço do petróleo, o que tende a prejudicar sua geração de caixa e planos de investimentos. O ETF SMAL11 se equiparou ao desempenho negativo do Ibovespa. A menor baixa na carteira foi da Via Varejo, de 13,07%.
Nesse período desafiador, a maioria das companhias listadas na Bolsa perdeu valor de mercado.
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