Para crescer e ter sucesso profissional é necessário evoluir sua forma de entregar resultados. Isso é válido tanto se você já tiver uma carreira no mercado de investimentos, quanto se estiver nas primeiras etapas da profissão.
Atualmente, existem vários tipos de certificações no mercado financeiro, voltadas para diferentes objetivos. Para quem está querendo entrar nesse mercado ou quem busca uma atualização, é imprescindível pesquisar qual prova agregará mais em seu trabalho.
Confira a seguir, as características das principais certificações do mercado financeiro brasileiro:
CPA-10
Órgão responsável: Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)
O que é: é a porta de entrada para vender produtos dentro dos bancos e das corretoras, aconselhada para quem ainda não sabe se o mercado financeiro é mesmo o seu mundo. Já há uma base enorme de pessoas com essa certificação ativa no Brasil: 254 mil profissionais.
Como é a prova: presencial, conta com 50 perguntas e o candidato deve acertar no mínimo 70%. As questões são sobre economia, finanças, princípios básicos de investimentos pessoais, sistema financeiro, ética e regulamentação.
Validade: cinco anos para profissionais certificados ou três anos para profissionais aprovados.
CPA-20
Órgão responsável: Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)
O que é: além das vantagens do CPA-10, o CPA-20 também habilita o profissional a atuar com clientes de alta renda e investidores institucionais. Atualmente, há grandes instituições financeiras que exigem essa certificação para seus funcionários. Há 129 mil pessoas com a certificação ativa, aumento de 12% de 2015 a 2020.
Como é a prova: presencial, conta com 60 perguntas e o candidato deve acertar no mínimo 70%. As questões são sobre os mesmos assuntos da CPA-10, contudo com mais profundidade e inclui perguntas sobre compliance e gestão de risco.
Validade: cinco anos para profissionais certificados ou três anos para profissionais aprovados.
CEA
Órgão responsável: Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)
O que é: é a evolução da CPA-20, para aqueles que desejam ser especialistas de investimentos, ajudando os gerentes dos bancos ou auxiliando os clientes na escolha dos produtos conforme o seu perfil e objetivos. Essa certificação está em ebulição: há apenas 12 mil pessoas com ela ativa, mas disparou 39% entre 2015 e 2020. Em geral, os profissionais tiram a CPA-10 e a CPA-20 antes e depois evoluem para o CEA.
Como é a prova: presencial, conta com 70 perguntas e o candidato deve acertar no mínimo 70%. Além das questões na linha da CPA-20, também tem perguntas sobre planejamento financeiro.
Validade: cinco anos para profissionais certificados ou três anos para profissionais aprovados.
CFG
Órgão responsável: Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)
O que é: focada em certificar gestores de fundos de investimentos, que podem trabalhar em gestoras de bancos ou independentes. É a certificação mais ambicionada da Anbima, embora tenham apenas 3,8 mil pessoas com a certificação ativa, ela avançou 30% entre 2015 e 2020 devido a uma exigência regulatória.
Como é a prova: presencial, conta com 60 perguntas e o candidato deve acertar no mínimo 70%. As questões envolvem gestão das carteiras, formação de preço de ativos e estatística, entre outros temas.
Validade: tempo indeterminado, caso esteja atuando como gestor, ou três anos, caso deixe de exercer a atividade.
CGA (Certificação de Gestores ANBIMA)
Órgão responsável: Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)
O que é: habilita profissionais a atuarem com gestão de recursos de terceiros em fundos de renda fixa, ações, cambiais, multimercados, carteiras administradas e fundos de índice.
Ela é obrigatória para quem ocupa cargos com poder de decisão de compra e venda dos ativos financeiros que integram as carteiras desses veículos de investimento.
Pré-requisitos: para se certificar, é necessário possuir CFG, CFA (Chartered Financial Analyst) ou CAIA (Chartered Alternative Investment Analyst) e ser aprovado no exame de certificação.
Como é a prova: presencial, conta com 45 perguntas e o candidato deve acertar no mínimo 70%. As questões envolvem gestão das carteiras, formação de preço de ativos e estatística, Investimentos no exterior, gestão de risco, entre outros temas.
CGE (Certificação de Gestores ANBIMA para Fundos Estruturados)
Órgão responsável: Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)
O que é: habilita profissionais a atuarem com gestão de recursos de terceiros na indústria de produtos estruturados. O profissional certificado poderá ser gestor de FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), FII (Fundos de Investimento Imobiliários), FIP (Fundos de Investimento em Participações) e Fundos de Índice.
Esta certificação é obrigatória para quem ocupa cargos com poder de decisão de compra e venda dos ativos financeiros que integram as carteiras desses veículos de investimento.
Pré-requisitos: para se certificar, é necessário possuir a certificação CFG, CFA (Chartered Financial Analyst) ou CAIA (Chartered Alternative Investment Analyst) e ser aprovado no exame de certificação.
Como é a prova: O exame da CGE tem duração de 2h30 e 45 questões. Para ser aprovado, é necessário obter no mínimo 70% de acertos.
CNPI
Órgão responsável: Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec)
O que é: focada em quem deseja ser analista de investimentos, produzindo relatórios de indicações de compra e venda de ativos. Os certificados podem atuar como pessoas físicas ou em casas de análises independentes. Há 989 profissionais ativos, salto de 58% de 2016 a 2021.
Como é a prova: presencial e dividida em dois exames. Um conta com perguntas sobre estrutura do mercado, principais produtos e regulação e o outro inclui questões específicas sobre análise fundamentalista ou grafista, conforme a escolha do candidato.
Validade: cinco anos, podendo ser renovada com cursos.
AAI
Órgão responsável: Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord)
O que é: específica para quem pretende atuar como agente autônomo. Esse profissional é vinculado a uma corretora, vende produtos dela e ganha comissões por isso, similar a um corretor de seguros. Além disso, pode tirar dúvidas sobre as aplicações financeiras, mas não pode sugerir investimentos.
Há 12,2 mil agentes autônomos vinculados, o dobro em comparação há apenas dois anos. A maior parcela são homens entre 26 e 35 anos, com ensino superior completo.
Como é a prova: presencial ou on-line, tem 80 questões, divididas em 15 capítulos. Cobra conhecimentos sobre produtos, compliance e regulação, por exemplo.
Essas são as principais certificações do mercado financeiro e seus aspectos práticos, porém existem outras como CFP, CFA etc.
Se você já atua no mercado de investimentos e deseja contar com uma ferramenta para otimizar e elevar o nível da sua atuação profissional junto aos clientes, agende uma conversa conosco.