O coronavírus está derrubando a Bolsa, mas qual é o impacto dessa epidemia nos fundos imobiliários?
Usamos o nosso simulador para ver o que aconteceu com um portfólio de fundos imobiliários, os preferidos dos investidores segundo o nosso Big Data, base janeiro, ou seja, os mais investidos no início de 2020.
Na simulação, aplicamos no último dia de 2019 o valor de R$ 10 mil em um portfólio igualmente distribuído em cinco fundos imobiliários, mais escolhidos grandes investidores em janeiro.
MXRF11, VISC11, HFOF11, HGCR11 e HGRE11
Antes da confirmação do primeiro caso do novo vírus no Brasil, a carteira de FIIs já caía 8,09% até uma semana antes do primeiro caso de coronavírus no país. Fazem parte do portfólio o Maxi Renda FII (MXRF11), da XP Asset Management, que é de gestão ativa em três estratégias – CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários); SPEs (Sociedades para Propósito Específico) para desenvolvimento de imóveis residenciais e investimentos em outros fundos imobiliários; o VISC11, que é gerido pela Vinci Partners e atualmente tem em carteira 13 shoppings em nove estados; o HFOF11, um fundo de fundos imobiliários da Hedge Investments, além de dois fundos do Credit Suisse Hedging-Griffo - o HGCR11, de recebíveis imobiliários, e o HGRE11, de lajes corporativas.
De maneira geral, após os fundos imobiliários terem subido muito em 2019 (o Ifix, índice do segmento avançou 35,98% no ano passado), houve uma correção no início do ano. Houve realização dos investimentos.
Todos os fundos continuaram na trajetória negativa até 26 de fevereiro, um dia de forte turbulência no mercado, quando a Bolsa caiu 7% e o dólar empinou 1,3%.
A carteira de FIIs teve uma baixa de 10,26% no bimestre, mas note que grande parte desta baixa aconteceu antes da intensificação da volatilidade do coronavírus, pois do dia 26 para o dia 28 a carteira caiu somente 0,12%.
A cota do fundo Maxi Renda FII (MXRF11), da XP Asset Management, teve a maior queda (-16,57%) na certeira que montamos e o fundo de FIIs (FOF) da Hedge Investments (HFOF11), teve o menor recuo (-5,99%).
O Ifix recuou 7,31% no acumulado do ano até o final de fevereiro. Considerando o período entre 26 e 28 do mês passado, a variação deste índice foi de somente -0,30%.
Saiba também o aconteceu com carteiras de ações e de fundos de ações.
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