Renda Fixa

Por que meu CRI comprado a 120% do CDI rendeu menos que o CDI em 2020?

Entenda o desempenho dos CRIs, CRAs e Debêntures no ano de 2020.


Os investidores que aplicaram em CRIs, CRAs e debêntures remunerados a CDI, tiveram algumas surpresas em relação ao desempenho desses ativos em 2020, pois o rendimento de alguns títulos estava abaixo do percentual negociado ou até negativos. 

Esta distorção acontece principalmente quando o rendimento dos títulos é marcado a mercado (valor que o título tem no dia de sua negociação e não o valor de face na data da compra) e calculados com base no cálculo da TIR, utilizando-se as projeções dos juros futuros como desconto do fluxo de rendimentos (DI futuro). Está muito técnica essa explicação? Vamos tentar facilitar.

 

O que significa Calcular a TIR (taxa de retorno)desses ativos?

Significa fazer a conta diariamente do preço do título emitido (projeção de quanto esse título irá render diariamente até seu vencimento) versus o preço do título no dia que você investiu (preço do título com um valor diferente do preço do dia da emissão). Essa diferença de preço vai diminuindo ao longo do tempo, pois no vencimento daquele título o valor final será o mesmo, independentemente da taxa que tenha sido comprado.

Visualmente, podemos imaginar algo assim:

Por que meu CRI comprado a 120% do CDI rendeu menos que o CDI em 2020?

Ao olhar o gráfico acima podemos observar que essa relação é maior quanto mais alto for esse desconto, que pode ser dar em função da compra do título em um preço muito baixo ou em função de uma expectativa de DI muito baixa.

 

O problema é que em 2020 a curva de expectativa de juros subiu muito e gerou grandes oscilações nos preços de mercado dos títulos.

 

Com essa expectativa houve uma correção dos preços diários de acordo com a expectativa das taxas mais altas e consequentemente uma distorção no preço dos títulos no curto prazo.

Esse foi o motivo da rentabilidade estar menor do que aquela contratada no dia da sua aplicação.

Por isso, é sempre importante estar atento a todas as regras e ao preço de compra do ativo em relação ao seu preço de emissão, bem como entender que as oscilações do mercado afetam a precificação de curto prazo dos títulos.

Com um consolidador esse cálculo já é feito automaticamente e você pode acompanhar de forma certa o impacto na sua carteira e tomar melhores decisões.

 

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