Neste post, vamos explicar como resolver um problema comum no segmento de renda fixa que investidores como você já enfrentaram ou que certamente vão enfrentar algum dia.
Normalmente, o cálculo da rentabilidade de uma aplicação é feito comparando o valor recebido com o valor investido.
Costuma ser assim:
Investi R$ 100.000 em um CDB que, passados três meses, vale R$ 101.370. Então, minha rentabilidade acumulada no período é 1,37%.
(CDB com taxa de 90% do CDI de 31/01/2018 até 30/04/2018)
Ou seja, ativos que pagam todo o valor investido de uma só vez no vencimento podem ter a rentabilidade calculada em qualquer janela de tempo, dividindo o valor da data final pelo valor da data inicial. Essa fórmula é corretíssima!
Mas agora, imagine a seguinte situação:
Investi 100.000 em um CRA no dia 31/01/18, com taxa de 100% do CDI + 2,5%aa.
Após três meses, em 30/04/2018, vejo no meu extrato que o título vale R$ 98.578,53 e que a rentabilidade acumulada no período foi de 2,09%.
As perguntas que vêm imediatamente à cabeça são: “como o valor caiu?”, “perdi dinheiro?”, “por que a rentabilidade foi positiva?”
Então, entro em contato com o banco para descobrir o que aconteceu e o gerente me informa que recebi duas amortizações: ao completar um mês da aplicação recebi R$ 1.509,65 e no segundo mês, R$ 1.997,33.
Essa situação é muito comum. Temos visto que muitos investidores, por conta da rotina atribulada, acabam esquecendo que o papel que compraram terá pagamentos ou amortizações intermediárias e acabam levando um susto ao olharem o saldo. Além disso, em muitas situações, esses pagamentos ocorrem em datas aleatórias e passam despercebidos.
Mas além de não se assustar com o valor, o que é importante nesses casos é saber calcular a rentabilidade dos títulos que pagam amortizações. Somente desta maneira você poderá fazer o controle adequado dos pagamentos periódicos e saber o desempenho dos seu ativos.
No caso de títulos que pagam amortização, o cálculo da rentabilidade em qualquer período não pode utilizar a fórmula que consiste em dividir o valor na data final pelo valor na data inicial.
Um cálculo aproximado é acrescentar os valores de amortização recebidos durante o período ao valor na data final:
[ (98.578,53 + 1.509,65 + 1.997,33) / 100.000 -1 ] *100 = 2,09% de rentabilidade no período
Como você pode notar, esta é uma opção de cálculo que exige dados detalhados de todos os pagamentos de amortizações ocorridos. Portanto, se você tiver variados investimentos de renda fixa, sobretudo de longo prazo, que pagam uma série de amortizações, a complexidade para fazer esta conta e para calcular a rentabilidade de sua carteira aumenta ainda mais.
Felizmente existem profissionais especializados para dar suporte e também ferramentas como a plataforma SmartBrain que possui um amplo banco de dados e realiza automaticamente e de forma precisa cálculos de títulos de renda fixa com e sem amortizações.