Gestão de Carteiras

Como escolher um gestor de patrimônio?

Nós da Smartbrain preparamos uma série de posts sobre o que investidores como você devem observar na hora de escolher profissionais de investimentos.


Chegamos ao quarto post da nossa série sobre como escolher profissionais de investimentos. Desta vez, vamos tratar aqui no blog da SmartBrain sobre os principais pontos que você deve prestar atenção para contratar um gestor de patrimônio. Se você está precisando da ajuda de um especialista para administrar seus bens e não somente o seu dinheiro, este é certamente o profissional adequado para atendê-lo.

O gestor de patrimônio assessora indivíduos e famílias com elevados recursos. Aqui, neste caso, é bom você saber que patrimônio tem um sentido amplo e carrega toda uma complexidade, pois envolve aplicações financeiras, imóveis, veículos, jatos, iates, participação em empresas de capital fechado, obras de arte, entre outros. Portanto, o gestor presta aconselhamento sobre o controle desse conjunto de bens, ou seja, de fortunas.

Seu papel é acompanhar receitas, despesas, fluxo de caixa, cuidar da estruturação de dívidas e perpetuação dos bens. O gestor também cuida de questões envolvendo o planejamento tributário e sucessório. Mas ele não faz tudo isso de forma individual, na verdade, este profissional trabalha em uma empresa que possui uma razoável estrutura, que é chamada de  gestora de patrimônio.

Como analisar e escolher


Uma gestora de patrimônio é uma Pessoa Jurídica e possui uma série de especialistas em diversas áreas – gestores de investimentos, economistas, advogados, tributaristas, entre outros, para atender as mais variadas demandas.

Normalmente, os gestores de patrimônio são profissionais que já atuaram nas áreas de private banking ou wealth management de instituições financeiras. Há também aqueles que tiveram experiências em outros segmentos do mercado financeiro.

Então, encontrar uma empresa que possa cuidar de todo o seu patrimônio, não deve se limitar a encontrar um bom gestor, mas sim analisar se a empresa possui as competências e estrutura técnica para dar suporte aos serviços que você precisa.

Logicamente, também é importante que você avalie a qualidade técnica dos gestores e dos demais profissionais e que tenha bastante empatia por eles – afinal esta relação deve ser de confiança e de longo prazo

Analise as equipes, se são qualificadas ou se trabalham com escritórios parceiros reconhecidos. Muitas gestoras, em vez de montarem estruturas próprias contratam assessorias jurídicas e tributárias, empresas de análise de riscos e de avaliação de imóveis para fazerem determinados trabalhos.

É fundamental prestar atenção no requisito legal. A gestora de patrimônio deve possuir registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como administradora de carteiras de valores mobiliários. E, apesar de não ser obrigatória, a adesão ao Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para a Atividade de Gestão de Patrimônio consiste em um relevante selo de qualidade. Esse código atesta que a gestora segue padrões éticos, possui profissionais capacitados e atua de acordo com elevados critérios de transparência.

Nessa sua jornada, descubra também se a gestora de patrimônio conta com ferramentas que facilitam o processo de análise do perfil de seus clientes como o suitability, assim como relatórios consolidados ou sistemas que permitam que você possa acompanhar no dia a dia, com muita clareza e riqueza de informações, tudo o que está sendo feito em relação ao controle dos seus bens e aplicações.


Contrato e remuneração


Fique muito atento ao contrato. Lá devem constar as obrigações e as responsabilidades de ambas as partes. Isso quer dizer que você tem que transmitir, sob um termo de confidencialidade, as informações necessárias para que o gestor consiga executar seu trabalho, o que significa explicar seus objetivos e passar os dados sobre seu patrimônio. Por sua vez, todo escopo de atuação da gestora precisa ser detalhado.

O Código Anbima de Melhores Práticas recomenda que os modelos de remuneração estejam no contrato. Temos visto que as gestoras de patrimônio costumam cobrar de diversas formas, como fees em valores nominais ou com base em um percentual do patrimônio administrado.

Nas carteiras de investimentos, há fees por gestão ou por rebates, que são comissões por indicações de produtos financeiros. Existem no mercado gestoras que cobram ainda taxas de performance por superação de metas pré-estabelecidas.

Dependendo dos serviços que serão prestados, a cobrança poderá ser por hora, por projeto, enfim, poderá haver um mix de todos esses formatos.


Tendência


O setor de gestoras de patrimônio independentes está em plena expansão no país. São crescentes os investimentos nesta área e observamos novos grupos, inclusive internacionais surgindo. De um lado, há um movimento de profissionais que têm deixado seus postos em bancos e instituições financeiras para empreenderem e, de outro, o aumento da demanda dos indivíduos e das famílias detentores de fortunas por um atendimento mais dirigido e qualificado.

Hoje, a maioria das gestoras define a clientela a partir de elevados valores patrimoniais, por exemplo, só atendem indivíduos ou famílias que possuam patrimônio acima de 10 milhões, 20 milhões de reais ou até mais. Mas isso vem mudando. Já vemos novas empresas que iniciaram as atividades com a proposta de assessorar clientes com patrimônios menores e gestoras mais antigas que têm buscado uma atuação mais abrangente, baixando a exigência de capital mínimo e tornando os serviços mais acessíveis.

 

Leia os outros posts da série especial do blog da SmartBrain que destaca os principais critérios para a seleção de bons profissionais de investimentos:

Como escolher um consultor de investimentos?

Você sabe como escolher um agente autônomo de investimentos?

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