Como falamos anteriormente, estamos produzindo uma série de posts sobre o que os investidores devem observar na hora de escolher profissionais de investimentos. Começamos destacando o que é importante considerar na hora de contratar um consultor e, desta vez, vamos abordar os critérios para selecionar um agente autônomo de investimentos, também conhecido como AAI ou corretor de investimentos, que é mais um representante do sistema de distribuição de produtos financeiros.
Este profissional tem como principal função prestar esclarecimentos e informações detalhadas sobre os produtos financeiros que comercializa, assim como, receber e registrar ordens de investimentos.
Como iniciar essa busca
A profissão de agente autônomo de investimentos é regulamentada e supervisionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Para exercer suas atividades, ele deve possuir certificado da Ancord (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias), que é a entidade credenciadora desta categoria profissional, segundo determinação da CVM.
A prova que ele faz para obter esta certificação avalia a sua qualificação técnica e habilidades, contemplando questões relacionadas à dinâmica de atendimento a clientes, ao código de conduta profissional e aos mercados de capitais e de derivativos. Assim como no caso do consultor, além da certificação, é muito importante você perguntar qual é a formação de cada um e a experiência acumulada ao longo da carreira. Normalmente estes profissionais já foram gerentes de banco ou trabalharam em alguma área dentro do mercado financeiro.
Um ponto fundamental na característica desse tipo de profissional é que ele deve estar necessariamente ligado à uma corretora de valores. O seu papel fundamental é orientar os clientes com esclarecimentos minuciosos sobre os produtos e ativos que a instituição financeira que ele representa oferece e ver se eles estão em sintonia com estratégias de cada um. Como cada vez mais as plataformas digitais de investimentos avançam no Brasil, o papel do agente autônomo assume maior relevância, pois ele é quem dá o atendimento e apoio mais próximo aos clientes, ao compreender melhor os perfis e necessidades dos investidores.
Outro ponto muito importante na escolha deste profissional é o fato dele oferecer os produtos da instituição financeira que ele representa, assim você precisa verificar quais os produtos, fundos, CDBs, LCIs/LCAs, debêntures, etc que ele tem na “prateleira”. Dependendo do caso, pode ser que você tenha que recorrer a mais de um agente autônomo para completar a sua estratégia de diversificação de investimentos.
Remuneração
Esse profissional recebe comissões com base nos produtos que comercializa. No caso de fundos, a comissão é um rebate da taxa de administração e em relação a ações, um rebate da taxa de corretagem. Cada produto tem uma dinâmica própria de remuneração. Essa comissão varia de corretora para corretora e, muitas vezes, há programas de incentivo para os escritórios de agentes autônomos mais eficientes ou de maior porte. Assim, para que haja uma relação próxima e de confiança, é essencial que ele seja transparente e informe a você o quanto ganhará ao vender cada tipo de aplicação.
Conhecer o modelo de remuneração do agente autônomo contribui para que você tome decisões de investimentos mais conscientes. Assim como falamos no post anterior do consultor, o AAI deve pensar em você, investidor, o tempo todo, agir em seu benefício a qualquer momento e fornecer-lhe toda e qualquer informação necessária para que você possa decidir de forma assertiva. Normalmente cria-se uma relação duradoura que é resultado de convivência e o interesse do cliente sempre deve estar acima de qualquer outro.
Por fim, é bom você saber que os agentes autônomos se diferenciam dos gerentes de bancos, pois tem foco total nos investimentos, não lidam com outros produtos como linhas de financiamentos ou seguros, por exemplo.
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