Gestão de Carteiras

Consultor, gerente ou robô advisor: você sabe como funciona a remuneração deles?

Conhecer as metodologias de remuneração do consultor e do agente autônomo também é essencial para que o investidor tome as melhores decisões.


Aqui no blog da SmartBrain, nós já explicamos as diferenças de atribuições entre dois profissionais que prestam assessoria de investimentos – o consultor e o agente autônomo. 

Basicamente, enquanto o papel de um consultor é analisar alternativas de investimentos e fazer recomendações de alocações de carteiras de acordo com os perfis dos clientes, o agente autônomo é um representante de uma instituição financeira, banco, corretora ou distribuidora que tem como função captar clientes, receber e registrar ordens e esclarecer sobre produtos que ele comercializa.

Com o advento da Instrução 592 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), publicada em novembro de 2017, medida que disciplinou as atividades dos consultores de investimentos, ficaram bem delimitados os escopos de atuação desses profissionais. Além disso, essa Instrução esclareceu os formatos de remuneração que devem ser adotados por esses dois profissionais. É exatamente esse tema que iremos abordar neste post.

Para você, investidor, conhecer as metodologias de remuneração que são utilizadas no mercado é fundamental para avaliar o trabalho de cada um, bem como, para tomar as melhores decisões de investimentos.

Quais são as regras do jogo?

Segundo a CVM, o consultor de investimentos é remunerado diretamente pelos clientes, investidores como você. Esse profissional recebe um fee pelas recomendações de carteiras. No mercado, há consultores que cobram por hora trabalhada como advogados (honorários), outros estipulam uma taxa percentual sobre os recursos supervisionados e há aqueles que cobram um mix entre uma taxa fixa e um percentual sobre os ganhos acima de um determinado indexador. Temos visto ainda diversas plataformas de consultorias que oferecem planos mensais ou anuais, que variam de acordo com a abrangência e complexidade do atendimento.

Por sua vez, o agente autônomo de investimentos recebe rebate ou comissão sobre os produtos vendidos. Quando você compra um produto em qualquer instituição financeira, ela está se remunerando de alguma forma. Vale notar que, no caso do agente autônomo, ele presta serviço para esta instituição ao vender seus produtos. Neste sentido, o agente autônomo recebe da corretora ou instituição a qual está vinculado uma determinada quantia que varia de acordo com o produto e as condições de mercado, conforme metodologia pactuada entre ambos. Ou seja, o agente autônomo não cobra nada diretamente dos clientes, pois recebe da instituição financeira que cobrou de você.

A abertura de informações é essencial

Os profissionais de mercado têm papel relevante no dia a dia dos investidores, pois são eles os especialistas em suas áreas de atuação, são certificados e regulados, ou seja, estão mais do que habilitados para prestar os serviços de consultoria, na recomendação das aplicações, ou de agente autônomo, ao implementá-las. As instituições financeiras que emitem os títulos e as que distribuem também fazem parte dessa cadeia e são reguladas e supervisionadas pelo Banco Central e pela CVM.

Então, do mesmo modo que ao procurar um médico você precisa saber sua procedência, experiência e especialização, na hora de escolher um profissional para assessorá-lo a investir é necessário pesquisar. Em ambos os casos, é mais do que normal você saber exatamente o quanto irá pagar para ter aquele atendimento e poder comparar com outras alternativas do mercado. Ainda nesse exemplo, da mesma forma que você escolhe o hospital que irá tratá-lo, como ele cobra e quais os recursos que ele possui para fazer o procedimento, é muito importante avaliar a instituição financeira que emite ou distribui o título que você está comprando.

Por isso, valorize a abertura de informações. No caso do fee do consultor, basta entender o modelo adotado e definir uma remuneração previamente. Quanto ao agente autônomo, conheça as regras de pagamento do rebate e os percentuais das comissões envolvidas em cada ativo.

Lembre-se sempre buscar o suporte de uma assessoria de investimentos que seja adequada, especializada e transparente. Ter confiança no seu assessor é tão importante como ter confiança no médico que indica um tratamento. Esse contato não pode ser apenas fundamentado em compra e venda. O ideal é criar um relacionamento estreito e de longo prazo com o profissional e as instituições envolvidas para que você consiga alcançar seus objetivos, ter os retornos esperados e saber se o que está pagando está de acordo com a qualidade do produto ou serviço recebido.

Procure sempre um especialista para ajudá-lo! Hoje em dia, com o advento da tecnologia, este profissional pode até ser um “Robô Advisor”, mas não se esqueça de pesquisar os detalhes envolvidos nesta contratação.

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