Aqui no blog da SmartBrain, já explicamos quais são os principais tipos de profissionais de investimentos que existem, as diferenças básicas entre eles e os princípios de conduta ética que todos eles devem seguir e que você que é investidor precisa prestar muita atenção.
Agora, neste post, vamos abordar os principais tópicos que você precisa considerar para contratar um consultor de investimentos.
Como já comentamos (veja abaixo os links relacionados), esse profissional é o especialista que irá lhe orientar na estruturação de um plano e de uma carteira de investimentos adequada para que você possa atingir suas metas financeiras e seus objetivos de curto, médio e longo prazo.
Para selecionar um consultor de investimentos, o primeiro passo é ver se ele é registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Após checar sua autorização para atuar como um consultor, você deve pesquisar sua qualificação.
Existem diversas certificações aceitas pela CVM e há profissionais que possuem mais de uma.
As entidades responsáveis por tais certificações exigem a participação em programas de atualização e educação continuada para concederem renovações periódicas dos certificados.
No mercado, as principais são CEA (Certificação de Especialistas em Investimentos Anbima), a CGA (Certificação de Gestores Anbima), a CFP (Certified Financial Planner), a CNPI (Certificado Nacional do Profissional de Investimento da Apimec) e o CFA (Chartered Financial Analyst).
Neste processo de escolha, é importante pesquisar os currículos, páginas que mantêm na internet para divulgação da prestação do serviço e até seus perfis no LinkedIn.
Normalmente, as principais formações acadêmicas destes profissionais são economia, administração de empresas, ciências contábeis, ciências atuariais e engenharia e antes de serem consultores, tiveram experiência em instituições financeiras. Portanto, pergunte e descubra há quanto tempo atuam na área a de investimentos, onde atuaram e quantos clientes atendem.
O próximo passo é verificar se o consultor é um profissional que prestará um serviço amplo de análise de suas necessidades financeiras ou se ele tem algum tipo de especialização.
No mercado, há profissionais que têm uma visão 360 graus, ou seja, fazem o planejamento financeiro pessoal, organizando as finanças dos clientes de forma geral, incluindo a parte de investimentos.
Entretanto, existem consultores que buscaram diferenciais, fizeram cursos de especialização e MBAs, e até mesmo aqueles que carregam uma bagagem de conhecimento mais específico da época em que trabalharam em instituições financeiras. Assim, dependendo da sua necessidade, você poderá recorrer a algum consultor que têm uma sub especialização na área de investimentos, por exemplo, renda fixa, renda variável, imóveis ou aplicações no exterior.
Ao selecionar um consultor, você também tem que saber o tipo de atendimento ele presta e como cobra por este serviço. Temos visto diversos modelos no mercado. Existem profissionais que cobram por hora trabalhada (honorários), outros estabelecem um percentual sobre os recursos supervisionados e há aqueles que cobram de forma híbrida, estipulam um preço fixo mais um percentual sobre os ganhos acima de um determinado indexador.
Recentemente, diversas empresas de consultoria também passaram a oferecer planos mensais ou anuais, que variam de acordo com a abrangência, complexidade do atendimento e volume de recursos investidos.
Logicamente, os valores cobrados no mercado variam ainda conforme o escopo do serviço e a frequência do contato com o cliente e os canais de atendimento. Há planos nos quais a interação é somente online.
Na outra ponta, estão os profissionais que fazem atendimento presencial e estão mais disponíveis no dia a dia - por telefone, e-mail e até WhatsApp, para acompanhamento das carteiras e esclarecimento de dúvidas.
Importante ressaltar que a remuneração, assim como formas de atendimento, informações fornecidas e potenciais conflitos de interesse, devem estar detalhados em contrato que deverá ser assinado entre consultor e investidor previamente à execução dos serviços. Tal contrato deve direcionar as atividades do consultor e ajudar a alinhar as expectativas.
Escolher um consultor de investimentos é como escolher um médico. Você precisa saber se ele é competente, experiente, honesto, transparente, se presta um bom atendimento e se está disponível para te ajudar da melhor forma.
A confiança é o fator mais relevante para se construir o relacionamento com um profissional de investimentos. O profissional que irá assessorá-lo deve pensar em você, investidor, o tempo todo, agir em seu benefício a qualquer momento e fornecer-lhe toda e qualquer informação necessária para que você possa tomar uma decisão consciente.
Uma relação duradoura é resultado de convivência, de compartilhar muitas histórias, porém, o interesse do cliente sempre deve estar acima de qualquer outro, a lealdade e a legítima preocupação com o investidor está na origem desta confiança.
Continue acompanhando o blog da SmartBrain e saiba mais sobre os profissionais de investimentos. No próximo post, vamos falar sobre os critérios para você selecionar um agente autônomo de investimentos. Fique atento!
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