No post anterior, vimos que o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é uma aplicação que requer alguns cuidados. Esse título é uma opção de diversificação de portfólios, mas sempre deve ser feita uma análise prévia e criteriosa em relação aos riscos.
Além dos riscos, na compra de um CRI, também é importante checar se a taxa de juros informada é aquela realmente embutida no título. No mercado, não são incomuns algumas distorções!
Para conferir a taxa de um CRI, é preciso verificar se o preço de compra do ativo realmente corresponde à taxa informada. Esse preço unitário (PU) é calculado trazendo a valor presente o valor do título com o fluxo de recebíveis até a data do vencimento.
Assim, se com a taxa informada, o PU que foi pago for MAIOR que o PU calculado, a taxa efetiva da compra desse CRI é MENOR do que a informada – ou seja, o investidor desembolsou mais dinheiro por aquele ativo.
Na rotina dos investimentos realizados por um family offices é essencial verificar sistematicamente, se as taxas anunciadas na venda do título refletem, de fato, a taxa embutida através do cálculo do PU do ativo. Por aplicarem valores elevados, até mesmo pequenas discrepâncias impactam significativamente nos resultados.
A gestão eficiente de investimentos depende de controles rigorosos!
Veja no exemplo abaixo a perda que foi evitada quando o investidor fez a confrontação entre a taxa oferecida e o cálculo do PU:
Um grande investidor decidiu comprar um CRI cinco meses depois da data da emissão e foi informado que a taxa seria a mesma da data da emissão do título. O investidor achou a proposta vantajosa.
- Título: CRI XYZ
- Data de emissão: 20/07/2011,
- Taxa: IGMP (Índice Geral de Preços do Mercado) + 8,2%
- Data de vencimento: 20/07/2014
- Data da compra: 30/11/2011, a taxa informada foi a mesma da emissão.
Ao fazer o cálculo da taxa através do Preço Unitário (PU) informado na data da aplicação o investidor apurou uma diferença de 0,1% na taxa!
Ou seja, a rentabilidade que ele teria caso levasse o título até o seu vencimento era na verdade de IGPM + 8,1%.
Para cada R$ 5 milhões, essa pequena distorção geraria uma perda de rentabilidade de R$ 16,5 mil ou 0,33% ao ano!
Atualmente, já existem sistemas que oferecem uma série de soluções para o controle e cálculo de rentabilidade de ativos e portfolios para Family offices e investidores, incluindo o cálculo automatizado das taxas dos CRIs e de quaisquer outros ativos de renda fixa.
Além da ferramenta, os investidores também contam com um serviço exclusivo de mentoria de especialistas para auxiliá-los nos desafios das questões técnicas de cálculos e do funcionamento das regras de mercado que podem ser extremamente uteis no dia a dia da administração de seus patrimônios.
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