Com o nosso simulador de investimentos, estamos monitorando desde o início do ano uma carteira com cinco fundos imobiliários (FIIs) favoritos dos grandes investidores, segundo nosso Big Data (base janeiro) - MXRF11, VISC11, HFOF11, HGCR11 e HGRE11.
Essa carteira, com início no último dia de 2019, acumulou queda de 10,14% até 26 de fevereiro, dia da confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil. Até esse momento o motivo principal da queda foi uma correção, a realização de lucros que aconteceu no segmento como um todo, depois de os fundos imobiliários terem subido muito no ano passado. Em seguida, o portfólio chegou em 28 do mês passado com uma queda acumulada de 10,26%. Isso significa que inicialmente, apesar de negativo, o impacto do novo vírus foi pequeno (0,12% de queda).
Porém, no início de março, a situação se deteriorou.
Veja o que aconteceu com a carteira de FIIs entre os dias 2 e 13 de março:
MXRF11, VISC11, HFOF11, HGCR11 e HGRE11
Fazem parte do portfólio o Maxi Renda FII (MXRF11), da XP Asset Management, que é de gestão ativa em três estratégias – CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários); SPEs (Sociedades para Propósito Específico) para desenvolvimento de imóveis residenciais e investimentos em outros fundos imobiliários; o VISC11, que é gerido pela Vinci Partners e atualmente tem em carteira 13 shoppings em nove estados; o HFOF11, um fundo de fundos imobiliários da Hedge Investments, além de dois fundos do Credit Suisse Hedging-Griffo - o HGCR11, de recebíveis imobiliários, e o HGRE11, de lajes corporativas.
No início de março, a carteira de fundos imobiliários acumulava perda de 9,63%, maior do que a do Ibovespa. A queda mais acentuada foi do Maxi Renda FII (MXRF11), da XP Asset Management, e a menor foi do fundo de fundos HFOF11, da gestora Hedge Investments.
A desvalorização desse portfólio chegou a 20,3% em 12 de março. Lembrando que especificamente nesse dia, as incertezas aumentaram. A Bolsa, por exemplo, despencou 14,78% depois de dois cirkuit braker.
Situação da carteira em 13 de março:
Já dia 13, as perspectivas dos agentes do mercado melhoraram momentaneamente, após anúncio do governo dos Estados Unidos de um pacote de estímulos à economia. Aqui, a Bolsa subiu 13,91%, uma grande alta diária. Porém, o Ibovespa continuou com uma baixa expressiva de 28,51% no ano e o Ifix, de 15,53%. A carteira de FIIs que estamos acompanhando perdeu 19,08%.
Portanto, dá para constatar que a partir do início de março, os efeitos do coronavírus se intensificaram nesta classe de investimentos. Considerando o portfólio monitorado no nosso simulador, a pior performance continuou sendo do MXRF11, da XP, e a menor perda, do HFOF11, da Hedge Investments.
Isso nos diz que os investidores devem ter sempre em mente que os fundos imobiliários têm estratégias diferentes e que suas cotas estão sujeitas às oscilações de mercado. Além disso, os pagamentos de dividendos não são líquidos e certos, pois podem ser afetados negativamente por diversos fatores como a vacância dos imóveis e inadimplência dos inquilinos.
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