Renda Fixa

Poupar vs. Investir:  Educa+ e RendA+ no Tesouro Direto

Conheça os novos títulos do Tesouro Direto, o RendA+ e Educa+, que visam ampliar as opções de investimento para a aposentadoria e a educação dos filhos.


Você já deve ter ouvido que o brasileiro não tem o costume de investir. É comum ver comparações entre os perfis de investidor brasileiro e estadunidense: no Brasil, enquanto apenas 2% da população investe em ações, nos Estados Unidos esse número ultrapassa 50%.

 

Existem uma série de explicações para esse fato, como questões macroeconômicas, já que no Brasil os juros são historicamente altos e tendem a atrair o investidor para a renda fixa, além da maturidade do mercado.

Mas mesmo se compararmos o total de investidores brasileiros, com os que investem em ações nos EUA, esse número fica aquém: em 2022, segundo a Anbima, 48% dos brasileiros investiam em algum tipo de ativo financeiro. A maior parte desses recursos está aplicada na caderneta de poupança (26%). Além disso, a pesquisa apontou que, no mesmo ano, somente 32% dos brasileiros conseguiram economizar.

Em paralelo, segundo o Mapa da Inadimplência de julho de 2023, elaborado pelo Serasa, 43,72% da população adulta estava inadimplente no Brasil.

Isso mostra que, não somente (e a meu ver, principalmente) a diferença é explicada pelo perfil do investidor, mas também por uma questão da capacidade de poupança do indivíduo. (E aqui vale um parêntese: ao falar de poupar, não estou me referindo à poupança, e sim a capacidade de um indivíduo de economizar).

O principal dificultador para o brasileiro poupar é a renda. O Brasil não é um país com renda per capital alta. E poupar é o primeiro passo para quem deseja investir.

Mas secundariamente, temos a questão da disciplina, uma vez que poupar requer disciplina, e o indivíduo precisa abdicar de gastos que deseja ter no presente para ter uma renda no futuro.

E como ter essa disciplina? Não existe uma fórmula mágica. Mas é essencial que o investidor tenha um ou mais objetivos pré-estabelecidos, que serão o seu ponto de chegada.

Para a maioria das pessoas, é difícil estabelecer objetivos e uma estratégia para alcançá-los, especialmente quando esse objetivo se encontra no longo prazo, como a aposentadoria.

Com o intuito de contribuir para a educação financeira, e trazendo uma alternativa de investimento segura, em 2023 o Tesouro Direto lançou duas alternativas de investimento: o RendA + e o Educa +. Essas duas opções de investimento estão atreladas a objetivos muito claros: a aposentadoria e a formação de uma reserva que será destinada ao financiamento da educação dos filhos dos investidores.

Tesouro Direto e a democratização do acesso aos títulos públicos

É comum que investidores de primeira viagem confundam os termos “Tesouro Direto” com “títulos públicos”. O Tesouro Direto não é uma modalidade de investimento, mas sim um programa do Tesouro Nacional, desenvolvido em parceria com a B3, para a venda de títulos públicos federais para pessoa física de forma online. 

Criado em 2002, o programa permite que investidores pessoas físicas apliquem em frações de títulos públicos, desde que respeitem o valor mínimo de R$ 30. Outro diferencial do programa é que os títulos ofertados pelo Tesouro Direto têm liquidez diária, uma vez que o Tesouro Nacional se compromete a recomprá-los todos os dias úteis. 

O início do programa permitiu a democratização do acesso aos títulos públicos para os pequenos investidores, que antes só podiam adquiri-los pelo mercado secundário ou de forma indireta, por meio de fundos de investimento.

botão para baixar o big data

Além disso, a plataforma tomou algumas medidas para auxiliar o investidor que deseja escolher os próprios ativos que irão compor a carteira. Dentre elas, está a mudança nos nomes dos títulos, que são conhecidos no mercado como LFTs, LTNs e NTN-Bs, para nomes que já indicam como será a remuneração do título, como Tesouro Selic (com remuneração indexada à Selic), Tesouro Prefixado (com remuneração prefixada) e Tesouro IPCA (com remuneração indexada ao IPCA).

Por fim, a plataforma oferece ferramentas, como o Simulador e a Calculadora, que proporcionam maior transparência ao investidor e o auxiliam na seleção do título mais adequado às suas características e metas financeiras.

Novos títulos: RendA+ e Educa+

Em 2023, o Tesouro Direto introduziu dois novos títulos voltados para objetivos de longo prazo. O primeiro, denominado RendA+, destina-se a indivíduos que desejam economizar para a aposentadoria, enquanto o segundo, chamado Educa+, é destinado aos pais que pretendem economizar visando os gastos com a educação de seus filhos, seja para despesas universitárias ou outros fins educacionais.

Por serem títulos de longo prazo, ambos têm a característica de serem vinculados à inflação (IPCA). O grande diferencial em relação aos outros títulos atrelados ao IPCA oferecidos pelo próprio Tesouro Direto está no fluxo de pagamento. Até então, o Tesouro Direto oferecia títulos com apenas duas opções de fluxos financeiros: ou os chamados "bullets", nos quais o investidor recebia o principal corrigido pelos juros acordados somente no vencimento do contrato; ou aqueles com pagamento de juros semestrais e o principal no vencimento.

O RendA+, por outro lado, segue um fluxo assemelhado ao de um plano de previdência privada. Nele, o investidor tem a possibilidade de fazer contribuições ao longo de muitos anos, com o objetivo de receber os rendimentos somente a partir da data de sua aposentadoria. Essa data é selecionada pelo investidor (que deverá optar por uma das opções disponíveis) no momento da aplicação no título. Os pagamentos começarão a partir da data acordada, sendo efetuados em parcelas mensais ao longo de um período de 20 anos.

Veja o fluxo abaixo: suponha que o investidor tenha optado pela "Data de aposentadoria" em 2060. Até 2060, o investidor poderá realizar diversas contribuições, na periodicidade desejada, podendo até mesmo agendar investimentos. A partir de 2060 até 2080, o investidor começará a receber mensalmente os recursos, incluindo parte do principal investido (amortização), além dos juros acumulados.

Como funciona o tesouro Renda mais

Fonte: Tesouro Direto

Já o Educa+ tem a mesma lógica, porém os títulos são mais curtos e o fluxo de juros e amortização são pagos mensalmente pelo prazo de 5 anos, conforme exemplo abaixo:

Fonte: Tesouro Direto.

Outro diferencial do Tesouro RendA+ e Educa+ com relação aos demais títulos do Tesouro Direto está no fato de que ambos não possuem taxa semestral de custódia, caso o investidor opte por carrega-los até o vencimento, ou:

  • Receberem até seis salários-mínimos (RendA+);
  • Receberem até quatro salários-mínimos (Educa+).

Na Smartbrain, contamos com os cadastros e preços de todos os títulos disponíveis no Tesouro Direto, incluindo o RendA+ e o Educa+. Dessa forma, o investidor final consegue acompanhar as informações de posição e rentabilidade diariamente, tanto do ativo quanto de sua carteira como um todo, e ter um maior controle do seu fluxo financeiro.

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