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Carteira de ações: devo ficar 100% investido?

Existem vários estilos de gestão de uma carteira de ações, entre eles, ter caixa para aproveitar oportunidades na Bolsa ou ficar 100% alocado.


“Você não sabe se será possível aproveitar uma barganha no futuro próximo. Por isso, é preciso comprar e sempre deixar uma reserva para comprar mais.”  

Esta afirmação é de Seth Klarman, megainvestidor e gestor do Baupost Group, fundo americano que tem hoje mais de US$ 32 bilhões em ativos sob gestão, chamado de “o novo Warren Buffet”. 

Ao investir em ações, Klarman prefere manter um percentual de liquidez, isto é, deixar disponível uma quantidade de dinheiro em “caixa” para aproveitar as oportunidades no mercado quando elas surgirem. 

Este é um estilo de gestão. Por exemplo, nesta linha, ao decidir investir R$ 20 mil na bolsa, o investidor guardaria de 10% a 20%, uma quantia entre R$ 2 mil a R$ 4 mil em alguma aplicação que tenha baixa volatilidade e alta liquidez, por exemplo, em ativos de renda fixa. 

Este caixa faz sentido quando o foco do investimento em ações é no longo prazo e ela deve ser usada nas compras de ações de boas empresas que já estão na sua carteira ou que você estava esperando a oportunidade de um momento de queda na Bolsa para comprar. Esses períodos de baixa são janelas para aproveitar os preços descontados dessas companhias. Isso porque quando se investe olhando para um horizonte mais distante, as variações diárias que acontecem por eventos como notícias, declarações de políticos e fatores sazonais perdem muito a sua importância se não impactam necessariamente a capacidade das empresas escolhidas de crescer, conquistar mais consumidores, aumentar as receitas e o lucro ao longo do tempo. Nem sempre a volatilidade é risco. 

Portanto, nesta forma de fazer a gestão, o caixa é uma forma de se ter flexibilidade, sem que o investidor precise vender algumas posições que já tenha para adquirir as oportunidades. As trocas de posições em fases de turbulência podem não ser tão atrativas porque, de forma geral, todos os ativos tendem a variar negativamente. 

Então, este é um estilo de gestão que se contrapõe àqueles que preferem gerir a carteira de ações 100% alocada. O contraponto é que, ao manter uma parcela do capital, isto é, uma reserva em “caixa” aplicado em renda fixa, o investidor deixa de maximizar o ganho potencial de estar comprado em ações, portanto, é um custo de oportunidade alto. 

 

Você investe em ações? Qual é o seu estilo?

Para saber qual é o melhor para o seu perfil, uma solução interessante é usar um simulador de investimentos. Nesta ferramenta você pode testar a gestão de uma carteira de ações com uma reserva de 10% a 20% em renda fixa para compras em momentos de baixa na Bolsa ou ver como se comporta um portfólio 100% alocado em ações. 

Um assessor de investimentos pode te ajudar a descobrir qual é o melhor caminho a ser seguido. Esse profissional também pode identificar qual é o estilo adotado pelos gestores de fundos de ações que você investe ou pretende investir.

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