Gestão de Carteiras

Política de investimentos: os 6 pontos que precisam estar no contrato dos consultores

Depois do suitability, os assessores de investimentos precisam estruturar a política de investimentos que norteará a estratégia da carteira de cada cliente.


Nós da SmartBrain, temos destacado no nosso blog a importância do suitability para que você conheça bem o seu cliente.

Neste post, vamos abordar uma camada adicional de detalhamento, que notamos que já começa a ser adotada por uma série de profissionais e consultores de investimentos, que é a elaboração da Política de Investimentos. Temos visto em nossa base de clientes que esta política passou a ser incluída nos contratos de prestação de serviços do profissional com os clientes.

A Política de Investimentos precisa ser construída por você, assessor de investimentos, junto com cada um dos investidores que atende, respeitando seus perfis e necessidades específicas.

Um passo a mais

Com o suitability ou questionário de avaliação do perfil do investidor, os principais pontos que assessores de investimentos como você conseguem avaliar de cada cliente são os objetivos de retorno, e o grau de tolerância ao risco o horizonte de tempo das aplicações.

Já o objetivo da Política de Investimentos é completar o suitability, pois nela devem constar regras e limites que deverão guiar as suas estratégias de recomendações de ativos e alocação.

Por dentro da Política de Investimentos

Para a elaboração de uma Política de Investimentos consistente deve-se observar as regras, restrições ou limitações impostas pelos investidores. Entre diversos pontos que podem ser abordados, destacamos os seis itens como os mais importantes e que estão presentes em quase todos os contratos estabelecidos:

1. Liquidez – Além do horizonte temporal do suitability, vários investidores têm necessidades específicas de liquidez e para tal exigem, por exemplo, que suas carteiras tenham no mínimo 20% de suas aplicações com liquidez diária. Assim, esta é uma regra que deve ser respeitada na seleção de ativos e alocação da carteira ao longo do tempo, mesmo quando forem realizados ajustes ou alterações.

2. Questões legais – É importante verificar algumas implicações legais, por exemplo, se o investidor é um profissional do mercado financeiro, se é integrante do conselho de administração de alguma companhia aberta ou se é politicamente exposto, ou seja, se a pessoa tem algum vínculo político direto ou de parentes. Em função das leis, podem existir diretrizes e limitações específicas para aplicações em determinados ativos. Por exemplo, um diretor de empresa que não pode ter ações da companhia onde trabalha ou de subsidiárias ligadas direta ou indiretamente a elas.

3. Aspectos tributários – Os investidores podem impor algumas regras para não sofrerem cobranças de impostos sobre aplicações acima de determinado limite. Outros podem exigir que a carteira tenha um percentual de X% de títulos privados isentos de imposto de renda, por exemplo. Ou ainda, há clientes que pretendem compensar perdas passadas com investimentos em ativos sujeitos ao mesmo regime tributário.

4. Risco dos emissores de títulos – É comum investidores determinarem algumas restrições quanto ao risco dos emissores de títulos, seja ele um título de renda fixa, de renda variável ou até de fundos que possuem parte de sua alocação nestes papéis. As restrições podem se dar por tipo de emissor, por exemplo, não investir em títulos de empresas que poluem o meio ambiente ou não adotem boas práticas de sustentabilidade ou as limitações mais específicas como só investir em títulos que tenham determinado grau de rating de crédito. Por exemplo, um cliente que não permite investimentos em CDBs de bancos de segunda linha.

5. Custódia, administração e negociação – Os consultores de investimentos devem estar atentos e verificar com seus clientes se eles possuem alguma restrição em relação a determinadas corretoras, administradores de fundos ou custodiantes. Muitas vezes, na estruturação de alocação das carteiras essas limitações são importantes porque impedem que os portfólios tenham algum tipo de ativo vinculado a alguma dessas instituições. Outro aspecto importante é verificar também se possuem exigências específicas sobre as negociações de ativos somente em mercados organizados ou de balcão.

6. Ativos e mercados globais – Há clientes que não querem investir em ativos no exterior e buscam deixar isto claro no contrato. Porém, existem aqueles que querem investir parte de suas carteiras lá fora, mas apresentam restrições a algum país ou moeda específica. Por exemplo, não investir na Rússia, na Argentina ou não investir na moeda chinesa, o yuan, ou em qualquer outra divisa estrangeira. Quando isto acontece, é importante deixar destacado no contrato, bem como verificar se a recomendação de um fundo de hedge global pode conter estes tipos de ativos que o seu cliente apresentou restrições.

Como vimos, é muito importante que consultores e profissionais de investimento estabeleçam uma Política de Investimentos com seus clientes e incluam em seus contratos de prestação de serviços. Certamente esta é uma prática que eleva ainda mais a confiança dos investidores no seu trabalho.

Hoje, a tecnologia traz eficiência a todo esse processo. Já existe no mercado um sistema e ferramentas que auxiliam os profissionais de investimentos como você tanto estruturação e aplicação do suitability quanto na elaboração da Política de Investimentos, como no controle de enquadramento.

Continue acompanhando o blog da SmartBrain!

No Advisor Enterprise é possível formatar as políticas de investimentos de cada cliente!

 

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