No Brasil, a área de investimentos é cheia de oportunidades de empreendedorismo e coleciona casos de sucesso.
Há 15 anos, um grupo de amigos com sólida carreira no mercado financeiro, em empresas, bancos e corretoras, decidiu deixar seus empregos para montar o próprio negócio – assim, foi fundada a Quadrante Investimentos, especializada na gestão de carteiras de investimentos de clientes de alto patrimônio.
“Vimos que havia um campo promissor, poderíamos prestar um serviço que os bancos não tinham. De forma geral, os grandes investidores eram mal atendidos pelas instituições financeiras”, afirma Edson Inácio, um dos sócios.
A Quadrante Investimentos nasceu com a estratégia de prestar atendimento sob medida e com isenção nas sugestões de alocações. A remuneração dos gestores vem 100% dos clientes, portanto, sem rebates de produtos de bancos, corretoras ou fundos investidos.
“Diferentemente dos bancos, onde há mudanças frequentes de gerentes, temos baixíssima rotatividade de profissionais qualificados, os clientes sabem com quem estão falando, têm atendimento muito próximo e acesso direto aos sócios”, comenta Inácio.
Atualmente, os serviços de wealth management é voltado aos investidores com mais de R$ 5 milhões de patrimônio. O crescimento da Quadrante tem sido vigoroso. Nos últimos 12 anos, o volume de ativos sob gestão (AUM) da empresa avança de 20% a 25% ao ano.
Atenta a novas possibilidades, a Quadrante lançou há seis meses a Plataforma QI Digital com foco em clientes com R$ 1 milhão a R$ 5 milhões de patrimônio. A tecnologia torna o serviço mais acessível e a alocação é feita somente por meio de fundos de investimentos próprios. São feitas as recomendações de acordo com os perfis dos investidores e eles podem acompanhar o desempenho das carteiras em um sistema desenvolvido em parceria com a SmartBrain – o mesmo que é utilizado pelos clientes do segmento wealth management. A Plataforma QI Digital tem como parceira a corretora Órama, que atua como distribuidora dos produtos, em um modelo exclusivamente desenvolvido (white label).
De acordo com Edson Inácio, os fundos da Quadrante têm taxas de administração competitivas em relação a outros players do mercado. “Além disso, o fato de trabalharmos com fundos próprios na Plataforma QI é uma maneira de mantermos a transparência e isenção que prezamos e não alocar em produtos de gestores de recursos A, B ou C porque eles têm rebate”, explica o gestor.
A Quadrante tem hoje 18 fundos de investimentos de investimentos entre exclusivos e abertos.
Estratégias de Alocação adotadas
Em entrevista ao blog, Edson Inácio, sócio da Quadrante Investimentos avaliou que a nova pesquisa Big Data SmartBrain “Raio X dos investimentos dos segmentos Alta Renda e Private com base na assessoria independente” é um importante referencial. “Trata-se de uma amostra bastante representativa. Esse estudo é interessante, mais detalhado e qualitativo do que outros existentes no mercado, podemos comparar o que estamos fazendo em relação à nossa indústria”, disse.
Segundo o Big Data SmartBrain, base de março de 2019, a alocação média dos grandes investidores consiste na divisão: os fundos multimercados são 43,2% das carteiras; os fundos e títulos de renda fixa têm uma fatia de 33,7%, seguidos por ações e fundos de ações, com 13,7%. Depois, com menores participações, aparecem fundos de previdência, fundos imobiliários e outros.
De acordo com Edson Inácio, atualmente, nas carteiras dos clientes da Quadrante Investimentos, os multimercados também têm grande representatividade (fundos da própria gestora e de terceiros).
Na visão do gestor, apesar da perspectiva positiva para a economia no médio e longo prazos, há turbulência no curto prazo. “Os multimercados são instrumentos que nos dão liberdade para entrar e sair, seja de bolsa ou de câmbio, comprado ou vendido”, explica. Entre as estratégias mais presentes, os fundos multimercados macro, long biased e quantitativos.
Nos últimos meses, houve aumento da participação das ações, mas ainda de forma tímida. “Vamos aguardar as definições sobre as reformas para ampliar a exposição em ações no longo prazo.” Em relação à renda fixa, a parcela de alocação é significativa em diversos papéis – LCIs, LCAs, debêntures isentas, entre outros.