Segmento de ETFs têm cada vez mais alternativas e investidores

O mercado de ETFs está crescendo no país e os investidores encontram cada vez mais alternativas para diversificação das suas carteiras.


Como está o mercado de ETFs (Exchange Traded Funds), fundos de índices com cotas negociadas na Bolsa? 

Aqui no Brasil, esse segmento ainda é incipiente, mas está se desenvolvendo. 

Em 2020, o patrimônio líquido dos ETFs listados na B3 chegou a R$ 37,5 bilhões, um avanço de cerca de 8% em relação a 2019. Para se ter uma ideia, essa é uma fatia minúscula do mercado global de US$ 7,6 trilhões. 

Atualmente, já são 242,7 mil investidores pessoas físicas em ETFs, sendo que no final de 2019, esse número era em torno de 100 mil, ou seja, houve, sim, um grande salto. 

Em dezembro de 2020, as pessoas físicas representavam 18,5% do volume de investimentos em ETFs e os investidores institucionais contavam com maior parcela sob custódia.

Pensando na realidade brasileira, esse fluxo de investidores em ETFs é bem relevante. Vale lembrar que, em um passado não muito distante, há cerca de 15 anos, a Bolsa como um todo tinha cerca de 250 mil investidores, mas hoje são mais de 3,3 milhões de pessoas físicas. 

Outro ponto interessante é que o mercado de ETFs está ficando mais líquido. Vemos uma evolução na média diária do número de negócios e do volume financeiro dessas operações. Somente em 2020, subiu 133% a média das transações diárias, chegando R$ 1,46 bilhão, segundo a B3.

 

Maior variedade de ETFs no mercado 

Os ETFs seguem índices de referência e diversos temas. Aqui no Brasil, já são mais de 30 disponíveis no mercado e a maioria deles tem estratégias de renda variável, seguindo benchmarks como o Ibovespa e o S&P 500, que representa as 500 maiores companhias listadas nas bolsas americanas. Há ainda os que buscam replicar os retornos do Índice de Dividendos da B3 (IDIV), do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e do Índice Small Cap (SMLL) etc.

Entre os mais recentes, há quatro ETFs da XP, o GOLD11, que investe em cotas de um outro ETF estrangeiro que segue o preço do ouro (LBMA Gold Price); o XINA11 que acompanha o índice MSCI China; o  XFIX11, que acompanha o desempenho do Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), além do ACWI11, que tem como referência o Índice MSCI ACWI. Esse último tem um portfólio pulverizado, com quase 3 mil ativos de países desenvolvidos e emergentes.  

O primeiro ETF lançado pelo BTG Pactual foi o ESGB11 indexado ao S&P/B3 Brazil ESG, um índice criado por meio de uma parceria entre a B3 e a S&P Dow Jones, que considera critérios de sustentabilidade e as melhores práticas ambientais, sociais e de governança para escolher empresas brasileiras para a carteira. 

Na Bolsa, também existem diversos ETFs listados com táticas de renda fixa. Um dos mais novos no mercado é o B5P211, com uma carteira que replica o IMA-B5 P2, índice de títulos do Tesouro atrelados à inflação com vencimentos em até cinco anos.  

Isso sem falar em um outro leque de possibilidades que se abriu para os investidores que são os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de ETFs, títulos emitidos no Brasil que representam ETFs negociados em bolsas no exterior. No fim do ano passado, a BlackRock lançou 37 BDRs de ETFs e anunciou que pretende avançar bastante nesse segmento em 2021 e nos próximos anos. 

 

Alternativas práticas para a carteira

Os ETFs são alternativas práticas e de baixo custo para a diversificação de carteiras. De forma geral, as taxas de administração variam entre 0,20% a 0,50% ao ano. 

Mas vale destacar que os ETFs têm gestão passiva, como dissemos, são estruturados para seguir índices de referência. E somente com uma gestão ativa dos fundos ou portfólios é que é possível maximizar retornos acima de benchmarks – ou seja, obter ganhos acima de índices (alpha).

Nos Estados Unidos, houve uma migração forte dos investidores para ETFs nos últimos anos por diversos motivos, mas um dos principais, pelo fato de muitos gestores de fundos não estarem entregando rentabilidades acima dos índices de referência no médio e longo prazo. Hoje, o mercado americano de ETFs - onde a história desse produto começou na década de 80, representa 70% do patrimônio global (US$ 5,3 trilhões).  

Enfim, dependendo do seu perfil e dos seus objetivos, conte com um assessor para junto com ele analisar os ETFs e a fatia que podem ter na sua carteira, dentro de uma estratégia diversificada com outros ativos e fundos de gestão ativa ou passiva. 

 

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