Renda Fixa

Como comparar diferentes títulos de renda fixa?

Veja como escolher os títulos de renda fixa que irão integrar a carteira do seu cliente


Se você pedisse ao seu cliente para escolher entre dois CDBs, ambos com as mesmas características e emitidos pelo Banco A, sendo que um paga uma taxa de retorno de 10% ano e outro, de 20% ao ano, qual opção você acha que ele escolheria? A resposta parece óbvia, não é mesmo?

Agora, se você oferecesse dois CDBs: o do Banco A, com rendimento de 10% ao ano, e do Banco B, de 20% ao ano – porém, é sabido que o Banco B possui 50% a mais de chance de falência do que o Banco A e, consequentemente, não honrar suas dívidas e pagamentos - a resposta deixa de ser tão evidente, certo?

Escolher os ativos financeiros que irão compor a carteira de seu cliente não é uma tarefa tão trivial, já que devem ser levadas em conta outras características dos investimentos, como o risco (de crédito ou de liquidez), o prazo, a forma de remuneração e, principalmente, os objetivos do investidor. Selecionamos abaixo alguns dos pontos mais relevantes a serem levados em conta na hora de escolher o investimento que irá integrar a carteira do seu cliente. Boa leitura!

  • Rentabilidade (prefixados ou indexados)

A rentabilidade pode não ser o único fator a ser analisado, mas certamente pode ajudar a descartar diversas opções que estão disponíveis no mercado.

Nos títulos de renda fixa, as condições de retorno já são conhecidas pelo investidor no momento da aplicação. Dessa forma, voltamos ao exemplo do início desse texto: se dois títulos, com as mesmas características, estiverem sendo ofertados por taxas de retorno diferentes, o ativo de menor retorno já poderia ser rejeitado pelo investidor.

Entretanto, a comparação nem sempre é tão simples. Isso porque a remuneração dos títulos pode ser prefixada (ou seja, o investidor sabe o valor financeiro exato que receberá no vencimento) ou pós-fixada, isto é, indexada a algum índice de mercado, como a taxa Selic, o CDI ou o IPCA. Neste último caso, o valor financeiro do título no vencimento é desconhecido, porém o investidor estará protegido das oscilações desses índices, caso mantenha o ativo até o prazo final.

Sendo assim, para comparar títulos prefixados com pós-fixados, analistas de investimento costumam utilizar ou criar projeções para os indexadores, com o intuito de facilitar a comparação entre diferentes ativos.

A comparação entre séries históricas é bastante utilizada, pois pode evidenciar com clareza as diferenças entre os ativos disponíveis no mercado. Com o Comparador de Ativos da Smartbrain, você poderá disponibilizar essa ferramenta white label para que seus clientes consigam comparar diferentes títulos de renda fixa, cotas de fundos de investimento, ações e indicadores de mercado.

  • Prazo e liquidez

Outro fator que deve ser levado em conta na seleção de ativos de renda fixa para a carteira do seu cliente é o prazo do investimento e a sua liquidez.

Nos títulos de renda fixa, a data de vencimento do ativo é conhecida pelo investidor no momento da aplicação, e esse prazo pode ser de um mês até 50 anos, dependendo das características do ativo.

Além disso, alguns títulos podem ter um “período de carência”, ou seja, a partir de uma certa data, o investidor tem a possibilidade de resgatar o título antecipadamente e receber a remuneração proporcional ao período em que manteve a aplicação. Caso o contrário, o investidor deverá permanecer com o título até o vencimento ou vendê-lo no mercado secundário.

No mercado secundário, os títulos de renda fixa são negociados pelo seu preço de mercado, que pode ser maior ou até menor do que o preço de aquisição do ativo. Além disso, este é um mercado que ainda possui pouca liquidez dependendo da classe do ativo, e o investidor pode ser penalizado financeiramente caso decida se desfazer de um ativo com pouca demanda.

  • Emissor

Investidores também costumam se preocupar com o emissor do título, e com razão. Isso porque um título de renda fixa nada mais é do que uma dívida em que os investidores emprestam o dinheiro ao emissor do título, que se compromete a devolvê-lo em uma data futura, acrescido de juros.

Dessa forma, se o emissor for à falência, o investidor corre o risco de não receber o dinheiro de volta – o chamado “risco de crédito”.

Os emissores são divididos em três categorias: governo (níveis federal, estadual e municipal), bancos e empresas.

O governo federal é tido como a entidade mais segura de uma economia, uma vez que dispõem de mecanismos para honrar suas dívidas que as demais instituições não possuem, como arrecadar recursos por meio de impostos. Por conta disso, os títulos públicos emitidos pelo governo federal costumam funcionar como “benchmark” para outras modalidades de investimentos.

Temos também os títulos emitidos por bancos, cuja maioria das modalidades contam com a garantia do FGC, limitado em R$ 250.000,00 por instituição financeira e a R$ 1.000.000,00 por CPF.

Por fim, temos os títulos emitidos por empresas, como debêntures, CRIs e CRAs. As condições de garantia para estes ativos podem existir ou não, e estarão especificadas na escritura de emissão.

  • Periodicidade de pagamento dos juros

O pagamento dos juros pode ser realizado no vencimento, junto com o valor do principal (valor investido) ou ser pago antecipadamente, de forma periódica (em geral semestralmente). Essa última modalidade costuma ser voltada para investidores que desejam receber uma renda periódica por meio de seus investimentos, enquanto os títulos com pagamento de juros no vencimento (conhecidos como “bullets”) são ideais para investidores que visam o aumento de capital.

  • Imposto de Renda

Alguns títulos de renda fixa são isentos de cobrança de Imposto de Renda para pessoas físicas, caso da caderneta de poupança, LCIs, LCAs, CRIs e CRAs. Por conta disso, os administradores de carteiras costumam utilizar o método de Gross up que iguala a base de comparação entre ativos tributados e não tributados.

Clientes Smartbrain possuem a metodologia de Gross up para ativos isentos, como títulos de renda fixa e fundos de investimento, no cálculo da rentabilidade de carteiras administradas.

  • Objetivos

Por fim, e não menos importante: definir, junto com o seu cliente, o seu perfil de risco e objetivos. De nada adianta oferecer o investimento mais rentável e mais seguro para a aplicação, se o seu cliente não possui a disponibilidade de mantê-lo até o vencimento. Para isso, é imprescindível aplicar um questionário Suitability e acompanhar seu enquadramento.

Sobre a Smartbrain

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