Renda Fixa

Debêntures, saiba os riscos e condições

Family offices e grandes investidores devem prestar atenção porque existem uma série de riscos e condições envolvendo as debêntures. Confira!


Com a queda da taxa Selic, os títulos de crédito privados tendem a pagar mais, distanciando-se da remuneração dos títulos públicos. Desse modo, quem busca uma rentabilidade maior na parcela de renda fixa de sua carteira de investimentos, tem nas debêntures alternativas.

Esses títulos de dívida emitidos por empresas, geram o de direito de crédito aos investidores. Portanto, o principal risco é a possibilidade de a companhia emissora não honrar seus compromissos.

É necessário prestar atenção porque existe uma série de riscos, formas de remuneração e condições oferecidas nesse segmento. Cada debênture é um mundo à parte, com características específicas.

Ao investir em debêntures, os principais pontos que precisam ser observados são:

1. Leia todo o prospecto e a escritura, documentos que descrevem a operação

Na escritura da emissão, estão os direitos conferidos ao comprador do ativo e as garantias, caso existam.
O prospecto destaca os principais fatores de risco aos quais os investidores estarão expostos e traz informações sobre situação financeira da companhia e a destinação dos recursos captados no mercado.

2. Avalie o risco de crédito e acompanhe de perto o desempenho da empresa

O principal risco oferecido pela debênture é o de crédito, a possibilidade de a empresa se tornar inadimplente (default). Desta forma, é fundamental avaliar a capacidade de geração de caixa da companhia, o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos seus gestores e os fatores que podem impactar seus setores de atuação e, consequentemente, os resultados.

Verifique os indicadores de endividamento da empresa, a qualidade e os prazos das dívidas, assim como as notas dadas pelas agências de classificação de risco. Por exemplo, o endividamento pode ser para cobrir algum déficit orçamentário ou para realização de investimentos que aumentem a produtividade, situações bastante diferentes. Inclusive, os recursos captados por empresas a partir da emissão de debêntures tem diversas finalidades como aquisição de novas plantas, máquinas e equipamentos, a cobertura de necessidade de capital de giro e até alongamento do perfil de dívidas.

3. Planeje para enfrentar flutuações de mercado e baixa liquidez

A compra de debêntures exige planejamento consistente. Existem diversos tipos de remuneração, cada companhia emissora define sua política. Os títulos podem apresentar taxas prefixadas ou pós-fixadas atreladas ao CDI. Há ainda aquelas que pagam uma taxa de juros acrescida de um índice de inflação como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ou IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado).

Os investimentos são de médio e longo prazo, a maioria dos títulos tem vencimentos entre 3 e 10 anos. Dessa forma, é preciso prestar muita atenção aos riscos de mercado. Dependendo da forma de remuneração do papel, as flutuações na taxa básica de juros e nos índices de preços afetam o quanto o investidor receberá no final. Além disso, o mercado secundário desse ativo é caracterizado pela baixa liquidez.

4. Verifique se há amortizações, regate antecipado ou repactuação

Desde que esteja estabelecido na escritura de emissão, a companhia emissora pode realizar amortizações ou pagamentos periódicos da dívida. Os resgates antecipados parciais ou totais também podem acontecer, isto é, a retirada e o cancelamento dos papéis em circulação.

Outro mecanismo que pode constar na escritura é a repactuação ou a adequação periódica dos títulos às condições de mercado. Neste caso, a companhia emissora é obrigada a recomprar os títulos dos investidores que não aceitarem os novos termos propostos.

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