Já explicamos como comparar corretamente as rentabilidades das debêntures comuns, que são tributadas, com as das debêntures incentivadas, que não sofrem a incidência de Imposto de Renda (IR), pois são usadas pelas empresas para levantarem dinheiro para obras de infraestrutura importantes para o País. No caso das isentas, aplica-se o Gross Up, o cálculo que cria um imposto virtual sobre o ganho de capital. Esta é a maneira de colocar as debêntures incentivadas na mesma base de comparação com as tributadas.

Agora, vamos analisar os fundos de debêntures incentivadas. A vantagem destes produtos é que os investidores têm acesso aos diversos títulos incentivados selecionados por gestores de recursos especializados. Portanto, estes fundos são um caminho interessante para a diversificação de investimentos.

Aliás, o primeiro fundo de debêntures incentivadas aberto ao público em geral irá completar cinco anos em abril. A história deste tipo de investimento é recente no Brasil.

Cálculo do Gross Up de um fundo de debêntures incentivadas

Vemos que essa é uma dúvida bastante frequente dos investidores e até mesmo dos profissionais do mercado financeiro. A dificuldade para executar este cálculo aumenta porque quem investe em um fundo, costuma fazer diversas aplicações ao longo do tempo.

Vamos ao passo a passo:

Na fórmula correta, cada aplicação deve ter o seu saldo com Gross Up calculado separadamente. Isso porque o Gross Up tem que ser sobre o rendimento isento e este ganho depende da cota isenta na data da aplicação.

Tenha sempre em mente que para cada data de aplicação, há um valor de Gross Up diferente.

Como comparar um fundo de debêntures incentivadas com um fundo de investimentos tributado.

No caso de um fundo tributado, o saldo considera a quantidade de cotas e o valor da cota na data em questão. Quanto ao fundo de debêntures incentivadas, cada aplicação tem uma cota com Gross Up diferente na data do saldo. E, para se chegar ao saldo total, é essencial calcular cada cota separadamente.